Ex-Ministra Damares alertou há quase 2 anos sobre denúncias na ilha de Marajó

Política
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Há quase dois anos, a então ministra e atual senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves, trouxe à tona denúncias chocantes durante um culto evangélico na igreja Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia (GO). Naquela ocasião, a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro fez um alerta crucial, onde crianças da Ilha de Marajó, no Pará, estavam sendo vítimas de tráfico para o exterior, submetidas a mutilações corporais e expostas a regimes alimentares que facilitavam abusos sexuais.

Porém, na época das denúncias, o Ministério Público Federal afirmou não ter recebido relatos sobre tais atrocidades. Um cenário alarmante, no qual a voz de Damares ecoava em meio ao silêncio das autoridades. Agora, quase dois anos após as declarações da ex-ministra, vemos muitos tentando capitalizar politicamente sobre essa tragédia, buscando ganhar popularidade, especialmente nas redes sociais.

É lamentável observar como, na época das denúncias, alguns indivíduos rotulavam Damares como uma figura alienada pela religião, ignorando a gravidade dos fatos por ela expostos. Este é um reflexo de uma sociedade em que a honestidade e a coragem de enfrentar a verdade são frequentemente desvalorizadas e até punidas.

Nas palavras imortais de Rui Barbosa, “chegará o tempo em que os homens honestos sentirão vergonha de serem honestos”. Uma profecia que parece se concretizar em um Brasil onde a honestidade é frequentemente vista como ingenuidade, e onde a corrupção se torna sinônimo de esperteza.

Enquanto isso, na Ilha de Marajó, o sofrimento persiste, clamando por justiça e por uma sociedade que não feche os olhos para as atrocidades que ali ocorrem. Que o caso sirva não apenas como um alerta, mas como um chamado à ação para proteger os mais vulneráveis e para que a verdade seja sempre buscada, independentemente das consequências políticas ou pessoais.

By Fábio Negriny.

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