Feira de Santana é mesmo um lugar onde tudo, e muito mais, acontece. Por mais que vivamos e conheçamos essa cidade vibrante, de vez em quando, ainda somos surpreendidos por novos fatos que desafiam a imaginação.
Hoje, ao sintonizar o programa matutino “ Nas ruas e na policia’’ da Rádio Sociedade News 102.1, apresentado pelo competente Aldo Matos, os ouvintes se depararam com um relato que poderia muito bem figurar em uma das famosas histórias do saudoso Jotinha, o Pequeno Notável. Era comum Jotinha, com seu bom humor inconfundível, citar as palavras de sua avó: “Meu filho, você ainda vai ver muita coisa.” Pois bem, vovó, Feira de Santana acaba de acrescentar mais um capítulo nessa saga de acontecimentos inusitados.
O repórter de Aldo Matos trouxe ao ar uma história que, inicialmente, parecia ser apenas mais um caso rotineiro. Um cidadão reclamava o furto de sua égua, um crime que, por si só, já é incomum na zona urbana. No entanto, o que fez o radialista e seus ouvintes franzirem a testa foi o desfecho dessa ocorrência.
A tal égua, que havia desaparecido misteriosamente, foi localizada em um lugar que jamais imaginaríamos,uma boca de fumo no bairro Pedra do Descanso. A pobre égua estava penhorada. Ao que tudo indica, um elemento, possivelmente um dependente químico, roubou o animal e o trocou por algumas pedras de crack ou papelotes de cocaína ou até quem sabe por algumas chupetas do capeta ( Cigarros de maconha)
Agora, a situação é a seguinte, o dono da boca de fumo exige o pagamento por sua mercadoria. Caso contrário, a égua, que já conheceu o submundo do crime, pode muito bem ser promovida a “mula” do tráfico. E não estamos falando do sentido literal. Estamos falando daquele jargão que se refere aos indivíduos que transportam drogas, muitas vezes sem sequer saberem o que estão carregando.
Em meio ao espanto e ao riso que a história provocou, fica o alerta de que, em Feira de Santana, o improvável sempre está a observar. Quem diria que um animal tão nobre poderia acabar envolvido em um caso desses? O saudoso Jotinha, lá de onde estiver, deve estar rindo e dizendo: “Meu filho, ainda há muito para se ver nesta vida.”
Por: Fábio Negriny / DRT 3307