O bar ferro de engomar é o mais antigo da princesa do sertão instalado entre início da Avenida Senhor dos Passos com a Rua Senador Quintino e defronte para a Praça Duque de Caxias, em um prédio de primeiro andar. Construído por volta de 1930 pelo comerciante Manoel Dias da Silva, com o objetivo de abrir uma mercearia a fim de atender aos poucos moradores das proximidades. Só que Manoel não imaginou que a sua mercearia fosse durar tanto tempo, e sempre com sucesso. Na ocasião, a mercearia servia de ponto de apoio aos viajantes que iam e vinham de outras cidades, pela antiga estrada que dava acesso a Salvador (Bahia). Depois de uma temporada, o comerciante resolveu desligar-se da mercearia e passou para o seu filho Milton, que permaneceu algum tempo como titular, já que a então mercearia era um ponto de referência. Tempos depois, a família resolveu se desfazer do negócio, passando-o para um espanhol de nome Palmiro, que tinha como funcionário conhecido por Carlito. Como Palmiro não demorou muito, o Carlito resolveu assumir o negócio, já que a mercearia dava bons lucros e era bastante conhecida. Quando do quarto proprietário, o Sinval, aconteceu à primeira reforma e foi transformado em um bar, sem fechar a mercearia. Em 1971 o ponto foi adquirido por Edson Valter Barreto de Oliveira que investiu na época, 15 mil cruzeiros e transformou o Ferro de Engomar em um bar. Quanto à origem do nome é pelo formato do prédio “parece um ferro de engomar”. Os frequentadores eram atraídos pelas variedades e qualidade dos tira-gostos: caldos de siri, bolinho de bacalhau e peixe frito, carne do sol, lambreta, caldos diversos, a especial sopa de mariscos às terças-feiras e aperitivos da época “caipirinha”. O movimento nos fins de semana era grande que as mesas eram armadas no meio da rua, devido à falta de espaço no bar. Uma vitrola propiciava boa música. O “Ferrinho” como era chamado pelos frequentadores, após a morte de Edson, viveu alguns momentos felizes. Esteve sob a direção do ex-craque de futebol Ubaldo que foi jogador do Fluminense de Feira e Bahia da capital. Posteriormente o bar foi adquirido por Zilcar Oliveira de Souza, que vindo de São Paulo com experiência no ramo, procurou manter o bar na sua originalidade, tanto no aspecto físico do prédio, como no cardápio e no atendimento. Velhos frequentadores foram aparecendo, juntando-se aos novos. O bar funcionava de segunda-feira a sábado e viveu nos fins de semana com uma grande frequência. O antigo cardápio foi mantido com adesão do espetinho, e servido o melhor cupim. As bebidas eram as mais tradicionais, aguardente com licor de pequi. Som ambiente e como não poderia deixar de ser, futebol pela televisão quando tinham jogos do campeonato nacional das séries A e B.