Um policial é alvo de uma investigação que apura a venda ilegal de veículos guardados no pátio do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA), em Salvador, entre os anos de 2017 e 2018. Uma portaria da Polícia Civil publicada nesta quarta-feira, 4, indicou que o suspeito oferecia falsamente automóveis que supostamente iriam a leilão por valores abaixo do mercado.
Conforme a portaria, a companheira do investigador, de iniciais T.R.M., também participou do golpe. Ela fingia ser servidora do órgão de trânsito e enganava os compradores, afirmando que agilizaria a aquisição, retirando os automóveis da lista dos que seriam leiloados, com toda documentação regularizada.
Assim, ainda de acordo com a portaria, o policial, que usava a profissão para conferir licitude ao crime, acompanhava a sua esposa às instituições financeiras para recebimento, em dinheiro, do sinal pago para compra dos veículos. Após o pagamento, as vítimas não recebiam os veículos e quando procuravam o servidor e sua esposa, não conseguiam a devolução do valor pago.
Seis vítimas foram citadas no documento, e juntas o prejuízo chegava a mais de R$ 23 mil. O processo administrativo disciplinar da Polícia Civil tem um prazo de 60 (sessenta) dias para apurar a conduta do servidor.
Segundo informações do site Olho Público, o policial já é réu em uma ação penal envolvendo denúncia por crime de estelionato. Conforme o site, o processo foi iniciado em 2019 e tramita na 6ª Vara Criminal, em Salvador.