Na manhã desta quarta-feira, (21/02) o vereador Sílvio Dias utilizou seu tempo na tribuna da Câmara de Vereadores para abordar os recorrentes alagamentos que assolam a cidade de Feira de Santana. No entanto, ao invés de propor soluções concretas para os desafios enfrentados pela população, optou por uma abordagem que privilegiou críticas ao suposto descaso da gestão passada.
Silvio Dias atribuiu a responsabilidade pela situação caótica ao que denominou como “falta de planejamento” e lançou mão do já conhecido “jogo de empurra”, apontando o dedo para a administração anterior e, implicitamente, para o atual secretário municipal.
Em seu discurso, o vereador não hesitou em apontar o dedo para a prefeitura, responsabilizando-a por todos os problemas decorrentes dos alagamentos. Em um momento de autoquestionamento, Dias perguntou retoricamente: “não há uma obra na cidade que não tenha recebido um alvará de construção e de quem é a culpa? Obviamente, é da prefeitura.” Em seguida, concluiu: “A prefeitura foi comandada nos últimos 24 anos pelo senhor José Ronaldo de Carvalho, que é o grande líder desse grupo”.
Entretanto, a postura adotada por Dias reflete uma preocupante tendência entre alguns vereadores, que parecem mais interessados em apontar culpados do que em efetivamente contribuir para a resolução dos problemas que afligem a população. Esta atitude, além de ser improdutiva, deixa os cidadãos à deriva, sem um norte claro, assemelhando-se a um barco perdido em águas turbulentas.
Enquanto os representantes do povo desperdiçam preciosas oportunidades de debate para se dedicarem a disputas políticas e críticas infundadas, a cidade de Feira de Santana continua a sofrer com os impactos das fortes chuvas e a falta de ações concretas para aliviar seus efeitos. É hora de os vereadores direcionarem seus esforços para a busca de soluções eficazes e colaborativas, em vez de se perderem em discussões ineficazes sobre o passado. A cidade e seus habitantes merecem uma liderança comprometida com o bem-estar coletivo e a questão dos desafios presentes.