Proibição na ALBA : Uma demonstração de Desvalorização aos profissionais de imprensa

Política
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Em uma medida que tem gerado polêmica e indignação entre os profissionais de imprensa, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) recentemente proibiu o acesso dos jornalistas à famosa “sala do cafezinho”, um espaço tradicionalmente utilizado para entrevistas e interações entre os parlamentares e a imprensa.

O anúncio informal desta proibição, que ocorreu no último dia 1º durante o retorno dos trabalhos legislativos, pegou muitos profissionais de surpresa, alguns dos quais inicialmente acreditaram ser uma brincadeira de mau gosto. No entanto, a confirmação da medida deixou claro o impacto e a gravidade da decisão.

Entre os motivos que levaram à proibição, especula-se que o aumento das despesas com itens como café, chocolate, sucos e lanches oferecidos aos jornalistas que cobrem as atividades da casa legislativa tenha sido um fator relevante. Além disso, relatos sugerem que deputados novatos, insatisfeitos com abordagens da imprensa e pedidos de entrevistas, pressionaram pela restrição do acesso dos jornalistas ao espaço.

Outras razões apontam para o desconforto de alguns parlamentares, especialmente os mais antigos da base do governo, com a presença dos chamados “setoristas” na sala do cafezinho. Esses deputados estariam incomodados com o alcance da cobertura jornalística e, em alguns casos, com pedidos de apoio financeiro para veículos de comunicação.

Diante desses acontecimentos, é importante ressaltar que a proibição do acesso dos profissionais de imprensa à sala do cafezinho não apenas evidencia uma falta de reconhecimento e respeito pela importante função desempenhada pela imprensa na sociedade, mas também ressalta a necessidade de os jornalistas manterem sua integridade e independência, buscando sempre a verdade e a transparência em suas reportagens.

Como bem diz o ditado popular, “Quem usa e depois descarta, colhe apenas o vazio e a mágoa como recompensa”. A atitude dos deputados na AL-BA pode servir como um lembrete de que o respeito e a confiança dos profissionais de imprensa não podem ser conquistados pela subserviência aos políticos, mas sim pela firmeza na defesa dos princípios éticos e da liberdade de imprensa.

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