O ex-secretário municipal Denilton Brito, uma espécie de “primeiro-ministro de si mesmo”, planejava um golpe de mestre, embolsar mais de R$ 300 mil em indenizações. Mas, como dizem por aí, “a esperteza, quando é demais, engole o dono”.
Foi aí que entrou em cena o procurador municipal Guga Leal, com seu manual da boa governança e uma pá cheia de areia para jogar no playground da turma do primeiro Ministro Denilton Brito. Em parecer técnico, o procurador do Município Guga Leal, percebeu o óbvio que Denilton Brito parecia querer ignorar, a falta de processos administrativos individuais para os requerentes, essencial para comprovar que não se tratava apenas de uma “ação entre amigos”.
O mais interessante é que, segundo informações, o prefeito Colbert Martins sequer havia autorizado formalmente a divulgação dos valores exigidos pelo grupo de Denilton Brito. Ou seja, a pressa de embolsar o dinheiro era tão grande que até as formalidades básicas eram atropeladas pelo primeiro Ministro.
No documento, Guga Leal não economizou palavras ao alertar que a falta de fundamentação legal e documental poderia configurar nada menos que uma fraude administrativa. Traduzindo para o bom baianês, Denilton Brito e sua turma buscaram passar a boiada, mas esqueceram de fechar a porteira primeiro.
Diante de mais um ato de desmando da prefeitura municipal de Feira de Santana, fica a pergunta que não quer calar, será que Denilton Brito já está pensando em uma nova estratégia ou, quem sabe, em um bom advogado? Afinal, quando a justiça bate à porta, até as panelinhas mais resistentes acabam virando peça de museu.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307