Enquanto a Prefeitura Municipal de Feira de Santana anuncia a antecipação da segunda parcela do 13º salário para esta sexta-feira (29/11), alegrando servidores e fortalecendo o comércio da cidade, a Câmara de Vereadores vive dias de tormenta. O contraste entre os dois órgãos públicos é enorme e lamentável, expondo uma gestão legislativa em rota de colisão com as expectativas de seus funcionários.
De acordo com informações, o salário de novembro dos servidores da Câmara ainda não foi pago, e o tão aguardado 13º sequer tem previsão para cair na conta. Para assessores, colaboradores e funcionários, a gratificação natalina, que deveria ser um alívio financeiro, começa a assumir ares de pesadelo.
A situação é ainda mais delicada quando se recorda a função do 13º salário, que é um direito constitucional que equivale a 1/12 da remuneração por mês trabalhado. Na prática, a Câmara de Feira de Santana parece ignorar a importância dessa gratificação, deixando trabalhadores à deriva, justamente no período em que despesas aumentam e as festas de fim de ano se aproximam.
Prefeitura dá o exemplo, mas Câmara segue com desarrumação
Enquanto isso, do outro lado da rua, a gestão do prefeito Colbert Martins, dar exemplo ao anunciar a antecipação do pagamento do 13º salário, a prefeitura injeta ânimo no comercio feirense e garante aos servidores municipais a tranquilidade necessária para o período festivo.
Já na Câmara, a atual presidente, vereadora Eremita Mota, enfrenta turbulências severas. Na tentativa de ajustar as contas, cortes drásticos foram realizados, cartões alimentação suspensos, demissões em massa de terceirizados e estagiários, e, ainda assim, as finanças do Legislativo seguem em apuros.
Diante da crise, a expressão popular “Nem terminou o tombo e já veio a rasteira” ganha força. Para quem esperava uma solução, a sensação é de que a tempestade não dá trégua.
“Mar calmo nunca fez bom marinheiro”
O dito popular talvez sirva de alento para a vereadora-presidente, que, diante de um momento de infelicidade, precisa demonstrar habilidade política e administrativa para encontrar uma solução. Afinal, a Câmara não pode continuar caminhando na contramão e, mais grave, do respeito aos seus servidores.
A população de Feira de Santana, atenta aos desdobramentos, já começa a questionar, será que a tempestade na Câmara de Vereadores é apenas passageira ou um indicador de naufrágio total?
Por: Fábio Negriny / DRT 3307