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Por um fio: PSD pode desembarcar da base de Jerônimo Rodrigues, alerta deputado Diego Coronel.

Política
3 Min leitura
Dep.Federal Diego Coronel / Gov. Jerônimo Rodrigues

Na política baiana, a insatisfação nem sempre é sussurrada às vezes, ela surge como recado. E o recado foi dado com todas as letras por Diego Coronel, deputado federal e filho do senador Ângelo Coronel. O deputado não fez rodeios, se o grupo governista insistir em empurrar o PSD para escanteio na formação da chapa majoritária de 2026, a resposta pode ser dura. O partido, segundo ele, pode deixar a base do governador Jerônimo Rodrigues.

A crise gira em torno de uma palavra que, no meio político, vale mais do que palanque, espaço. Diego Coronel não aceita ver o PSD, segunda maior força da base, tratado como coadjuvante num roteiro onde o ator principal parece ser sempre PT. A possível candidatura “puro-sangue” dos petistas ao Senado tem causado desconforto e deixado as relações por um fio. E se há algo que incomoda ainda mais é a falta de conversa olho no olho.

“Otto foi muito claro”, disse Diego, referindo-se ao senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD. “Se chegarem descartando o PSD, automaticamente não faremos mais parte do grupo político. ” Em outras palavras, se o nome de Ângelo Coronel não for sequer cogitado, o rompimento deixa de ser ameaça e vira caminho.

Não se trata apenas de disputa por vaga, é disputa por respeito político. E se o PSD for ignorado agora, há quem diga que a travessia até 2026 pode levar o partido a atracar em outro cais. ACM Neto, desafeto do petismo no estado da Bahia, aparece no radar como opção viável. “Não descartamos conversas com nenhum lado”, reiterou Diego.

Ainda assim, com um pé na brasa e outro na conversa, o deputado tenta manter o tom moderado. “Não é o momento de tratar de política, é momento de tratar de ações”, disse, como quem segura o jogo enquanto observa o tabuleiro. Mas o aviso está embutido, no momento certo, o PSD vai apresentar seu projeto. E se não houver cadeira na mesa, procura-se outro salão.

O clima é de expectativa. O que se discute nos bastidores agora não é apenas uma chapa, é o futuro de uma aliança. E como toda aliança, quando falta reciprocidade, o laço pode desatar. E rápido.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

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