Ministra da Cultura: Sambareggae ético ou axémusic da conveniência?

Política
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Em um espetáculo digno de aplausos (ou seria de vaias?), a renomada cantora baiana e agora ministra da Cultura, Margareth Menezes, interpreta uma trama irresistível sobre como atropelar a ética com maestria. Em um país onde o Carnaval parece ser a única festa que nunca acaba, Margareth Menezes encontrou uma maneira peculiar de transformar sua carreira artística em uma festa interminável de recursos públicos.

A ministra, que deveria ser a guardiã da cultura e da ética, não teve incerteza em transformar sua posição em um camarote de vantagens financeiras. Contratos de shows foram fechados com o dinheiro do contribuinte, dando um toque especial de axémusic na cara da Comissão de Ética da Presidência da República. Afinal, quem precisa de ética quando se pode ter um trio elétrico de verbas públicas?

No Carnaval de Porto Seguro, Menezes brilhou com seu cachê de R$ 300 mil, uma quantia que faria até o Rei Momo cair de costas. E como toda boa ministra que se preze, ela não se conteve e realizou um show pré-Carnaval em João Pessoa, também regado a recursos públicos. Os espetáculos foram, claro, autorizados pela Comissão de Ética, que deve ter interpretado o termo “ética” de uma maneira peculiar e personalizada.

Mas não se engane, a ministra tem suas justificativas afinadas. Ela alega que os contratos foram firmados “muito antes” de sua posse no Ministério da Cultura. Um verdadeiro show de contorcionismo temporal, digno de um enredo de ficção científica. De acordo com o Estadão, três desses contratos foram fechados após o anúncio de sua nomeação para o cargo. Um verdadeiro carnaval fora de época, onde a lógica parece ter sido confinada a um bloco de carnaval invisível.

É claro que, diante das críticas,a ministra Margareth Menezes se defende com maestria, argumentando que a festa já estava marcada antes mesmo de assumir a pasta da Cultura. Uma justificativa que, com certeza, arrancaria aplausos de uma plateia embriagada pela hipótese distorcida.

Enfim, que viva a ministra da Cultura, a grande estrela do Carnaval da ética atropelada, um espetáculo onde os princípios éticos parecem ter sido pisoteados sob os pés dos foliões do campo grande e da justificativa conveniente. Um verdadeiro arrastão da desfaçatez, onde a cultura e a ética dançam juntas em uma coreografia ao som do macetando, macetando a ética e a moraL.

Por: Fábio Negriny

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