Se você achava que o problema era dormir com barulho de mosquito, prepare-se, agora é o preço do colchão que vai tirar o sono. Descansar está virando artigo de luxo no Brasil. Não é piada de mau gosto nem meme de internet. É realidade embalada com etiqueta de aumento.
No dia 3 de julho de 2025, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resolveu dar uma “ajudinha” ao sono do brasileiro, mas no pior sentido possível. Com a justificativa de proteger a indústria nacional, foi aplicada uma medida, aumentou em até 35% o valor dos colchões vendidos no país. Trinta e cinco por cento a mais para se deitar e contar carneirinhos.
Mais precisamente, o poliol, um dos principais insumos usados na fabricação de colchões. A Associação Brasileira da Indústria de Colchões afirma que de 50% a 60% do poliol usado no Brasil vem de fora. Ou seja, é importado. E com a nova medida, esse produto ficou mais salgado que o travesseiro da vó com cheiro de naftalina.
É quase uma volta ao tempo em que dormir era feito no famoso colchão de saco. Aquela beleza feita com lona e recheada de palha de milho, comum lá pelos cantos do sertão e pelas bandas do interior. A diferença é que, naquela época, isso era falta de opção. Agora, é escolha forçada por um governo que resolveu proteger a indústria com um tapa na cara do povo.
E antes que alguém diga, “mas é pra defender os empregos nacionais”, vale lembrar,de que adianta proteger a fábrica se o trabalhador não consegue comprar o produto? É o mesmo que montar um restaurante de luxo no deserto. Está lá, bonito, mas ninguém entra. Se continuar desse jeito, vai ter gente rezando para a rede não virar artigo de luxo também.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307