O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está impulsionando suas viagens pelo país com um objetivo claro, fortalecer os pré-candidatos que apoiará nas eleições municipais de outubro de 2024. Mas será que essa estratégia dará resultado? Ao visitar estados e cidades estratégicas, Lula busca evitar o crescimento de nomes da oposição, especialmente aqueles ligados a Jair Bolsonaro. Um exemplo emblemático dessa tática é a visita a Feira de Santana.
A vinda de Lula a Bahia, especialmente a Salvador e Feira de Santana, revela um receio a possibilidade da oposição e da extrema-direita formarem palanques fortes que possam ameaçar a sua estratégia para 2026. Será que a presença do presidente nas inaugurações e ordens de serviço em Feira pode mudar o jogo? A partir de 5 de julho, candidatos às prefeituras não poderão mais participar de inaugurações de obras públicas, conforme a Lei Eleitoral. E com a baixa popularidade do pré-candidato petista Zé Neto, a visita de Lula é vista como uma última esperança.
A série de viagens começou em 19 de junho, com Lula declarando apoio a Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro, que busca reeleição e enfrenta a candidatura de Alexandre Ramagem (PL-RJ), apoiado por Bolsonaro. Em Salvador, a situação não é muito diferente de Feira de Santana, o pré-candidato apoiado pelo PT enfrenta dificuldades, enquanto o atual prefeito, Bruno Reis, demonstra uma superioridade clara.
Em Feira de Santana, mesmo com todos os esforços do governo do estado e dos aliados de Zé Neto, que tem como coordenador de sua pré-campanha o Secretário de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, mesmo assim não decola. Será que a visita de Lula pode reverter esse quadro? A esperança dos correligionários de Zé Neto é que Lula seja o verdadeiro “salvador da pátria”. Mas será que isso será suficiente para mudar a percepção da população?
Enquanto Lula segue sua maratona de visitas, fica a pergunta: será ele capaz de garantir o sucesso dos seus aliados nas eleições municipais e, consequentemente, fortalecer sua posição para a reeleição em 2026? Somente o tempo dirá.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307