Glutonaria por cargos dificulta relacionamento de Zé Neto com Líderes de outros partidos

Política
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A busca incessante por cargos no governo do estado tem dificultado o relacionamento do deputado federal Zé Neto (PT) com líderes de outros partidos em Feira de Santana. Há anos, figuras importantes do grupo político que integra o governo petista no estado têm lutado para indicar aliados para cargos-chave em órgãos e instituições públicas no município, mas enfrentam grandes dificuldades. No meio político, é sabido que quase todos os cargos do governo do estado em Feira de Santana são ocupados por intermédio do deputado Zé Neto, o que complica a formação de uma verdadeira aliança com dirigentes de outros partidos que compõem a base do governador Jerônimo Rodrigues.

O PSB, representado em Feira de Santana pelo deputado estadual licenciado Ângelo Almeida, atual Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia, pouco tem conseguido em termos de representatividade. Poucos ou quase nenhum aliado de Ângelo Almeida estão à frente de órgãos importantes do governo estadual no município.

O PSD, partido de grande relevância na Bahia, representado pelos senadores Ângelo Coronel e Otto Alencar, e em Feira de Santana pelo ex-presidente da Câmara de Vereadores Fernando Torres, que apesar de sua importância na base do governo, o PSD tem pouco ou nenhum espaço em órgãos do estado em Feira de Santana.

Recentemente, o PP, que anunciou seu apoio ao governo do estado em Feira de Santana, representado pelo empresário Yure Guimarães, também tem enfrentado dificuldades. Apesar da expectativa de que o partido assumisse a coordenação da 3ª Ciretran na cidade, a indicação de um coordenador não se concretizou em maior controle sobre o órgão. Assim, Zé Neto continua a manter o comando, frustrando as expectativas de muitos.

Essas situações refletem uma grande dificuldade enfrentada por Zé Neto dentro de seu próprio grupo. A “glutonaria por cargos” tem gerado comentários e insatisfações entre os que dizem estar na “União por Feira”. Muitos esperam uma mudança neste cenário, que atualmente lembra a música do saudoso João Silva e do rei do baião Luiz Gonzaga: “Uma pra mim, uma pra mim, uma pra tu, uma pra mim, Uma pra mim, uma pra tu, outra pra mim, outra pra mim, Uma pra mim, uma pra tu, uma pra mim, outra pra mim, Outra pra mim, outra pra tu, outra pra mim.”

A disputa por cargos em Feira de Santana tem se mostrado um grande obstáculo para a construção de alianças sólidas e eficazes na base do governo petista no em Feira de Santana, colocando Zé Neto em uma posição delicada frente aos seus aliados no que diz respeito político na cidade.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

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