Depois de um início de ano eletrizante, em que o nome do líder sindical e pré-candidato a deputado federal Dayvid Bacelar parecia incendiar as rodas políticas de Feira de Santana, algo mudou. O que antes era fogo alto, agora parece brasa escondida. O entusiasmo que movia aliados e simpatizantes deu lugar a um silêncio curioso, desses que não se sabe se é calmaria antes da tempestade, ou o sinal de que a ventania passou.
Nos bastidores, fica a pergunta, o que aconteceu com a pré-campanha de Dayvid Bacelar? O homem que despontava como uma das figuras mais comentadas na política feirense, chegou a ser apontado como uma ameaça à projeção do deputado federal Zé Neto, estrela do PT e também pré-candidato à reeleição. Houve quem dissesse que Dayvid Bacelar brilhava tanto que começava a ofuscar o astro maior do partido em Feira. Mas de repente, o brilho se fez mais discreto.
Seria uma estratégia calculada, dessas que os grandes jogadores usam para confundir o adversário, recuando um passo para avançar dois? Ou uma determinação vinda de cima, talvez um freio de arrumação dentro da própria estrutura partidária, para evitar choques de luz entre estrelas da mesma constelação?
A política, como se sabe, não é jogo para amadores. Saber a hora de agir e a hora de silenciar é virtude rara, e, muitas vezes, decisiva. Recuar, às vezes, é também uma forma de avançar. Como já ensinavam os antigos estrategistas, “vencer sem lutar é a mais completa vitória”.
Resta saber se Dayvid Bacelar está, de fato, aplicando essa velha lição, aguardando o momento certo de voltar à cena, ou se o calor que antes aquecia sua pré-campanha se apagou por razões que o tempo, e apenas ele, revelará.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307

