REFLEXÃO: Prefeitura paga R$ 500 mil para apresentação de Bell Marques na Micareta

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A Prefeitura de Feira de Santana anunciou recentemente que desembolsará a quantia de R$ 500 mil para garantir a presença do renomado artista Bell Marques na micareta deste ano. Esta decisão levanta questões sobre as prioridades do município, especialmente em tempos de desafios infraestruturais e outras demandas urgentes.

Embora seja justo reconhecer a importância cultural e histórica da micareta de Feira de Santana, conhecida por ser a primeira do Brasil e por sua tradição ao longo dos anos, é legítimo questionar o montante exorbitante destinado a um único artista para uma única apresentação.

Não se trata de questionar a qualidade musical de Bell Marques, mas sim de avaliar se este investimento é a melhor forma de utilizar recursos públicos em um momento em que tantas outras necessidades clamam por atenção. Enquanto a cidade enfrenta desafios como os estragos causados pelas chuvas e a precária infraestrutura, é difícil ignorar a desconexão entre o investimento em entretenimento e as demandas básicas da população.

Seria interessante realizar uma pesquisa de opinião pública entre os moradores de Feira de Santana, especialmente em áreas mais afetadas pelas carências de infraestrutura, como os bairros Cidade Nova, Baraúnas, Santa Mônica II, entre outros. Perguntar se preferem ver R$ 500 mil investidos na apresentação de um artista ou direcionados para melhorias no saneamento básico pode gerar esclarecimentos valiosos sobre as prioridades da cidade.

Embora seja compreensível que as verbas destinadas a um determinado fim não possam ser facilmente desviadas para outros fins, é importante questionar se o investimento em entretenimento deve ser priorizado sobre as necessidades básicas da população.

Em última análise, a decisão de pagar meio milhão a um artista para uma única apresentação levanta questões importantes sobre alocação de recursos e prioridades governamentais, convidando a população a refletir sobre o tipo de cidade que desejam construir e onde devem ser direcionados os investimentos públicos.

Por: Fábio Negriny

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