O Dia das Mães: Uma mãe sem motivos para celebrar

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Natália dos Santos (Mãe) / Brayan Bastos ( Vitima) / Luciano Gois (Pai)

Em um país onde o Dia das Mães é oficializado desde 1932, a data é tradicionalmente marcada por celebrações calorosas e gestos de amor entre mães e filhos. No entanto, para muitas mães brasileiras, este dia pode ser um lembrete doloroso das lutas e desafios que enfrentam na vida.

Enquanto algumas mães comemoram ao lado de seus filhos, outras enfrentam uma realidade diferente, uma realidade marcada pela ausência de seus filhos queridos. Natália dos Santos Bastos é um exemplo comovente dessa realidade. Sua história, tragicamente, destaca a falta de empatia e os desafios enfrentados por algumas mães em Feira de Santana.

No início deste ano, Natália perdeu seu precioso filho, Brayan Bastos Barreto, de apenas um ano e três meses, no Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana. A tragédia ocorreu após o hospital negar o atendimento ao garotinho, que chegou com febre. A negligência e a burocracia impediram que Natália celebrasse o Dia das Mães ao lado de seu filho, transformando o que deveria ser um dia especial em um momento de profunda tristeza.

Em meio às expressões de amor e carinho neste Dia das Mães, é importante que reflitamos sobre a falta de empatia e compaixão que algumas instituições e profissionais demonstram. O silêncio que persiste após a tragédia com o pequeno Brayan é ensurdecedor, destacando a necessidade urgente de responsabilização e mudança.

Neste momento de sensibilidade e reflexão, é fundamental que aqueles responsáveis pelo cuidado de vidas, como os profissionais do Hospital Estadual da Criança de Feira de Santana, compreendam a importância de seu papel e se coloquem no lugar das mães que sofrem. Como disse Jesus em Marcos 10:14, as crianças são preciosas e devem ser acolhidas com amor e cuidado.

Portanto, neste Dia das Mães, enquanto alguns celebram com alegria, não podemos esquecer daqueles que enfrentam dores e desafios. Que a memória de Brayan e de todas as crianças que partiram devido à falta de cuidado e compaixão nos inspire a agir com mais empatia e amor em direção ao próximo, especialmente às mães que carregam o peso da perda e da injustiça.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307.

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