Morre o jovem que impulsionou a campanha contra o câncer na Espanha. Quique Nogueroles, apenas 15 anos, partiu. Mas não sem antes deixar um legado com tamanha dignidade. Neto do ex-prefeito da cidade de Tanquinho, Jorge Flamarion que já se encontra em solo espanhol para se despedir do neto querido, o jovem que virou símbolo de luta, esperança e bravura diante dessa doença cruel.

Diagnosticado em 2022 com um sarcoma alveolar, um tipo raro e agressivo de câncer, Quique Noqueroles, podia ter se recolhido, ter se calado, ter se entregue. Mas não. Preferiu lutar. E mais do que isso, escolheu transformar a própria dor numa bandeira de solidariedade. Com coragem que assombra e um senso de missão que não se aprende em escola nenhuma, criou a campanha “El Sello de Quique”, que não só arrecadou fundos, como deu visibilidade à pesquisa de tratamentos para o sarcoma.
E não foi campanha de rede social vazia. Foi ação concreta. Em março deste ano, ele mesmo fez questão de entregar 100 mil euros ao Hospital La Paz, em parceria com a Fundação CRIS Contra o Câncer. Dinheiro arrecadado com suor, apoio popular e muito propósito. Tudo destinado à pesquisa. Um menino que devia estar jogando bola ou curtindo com os amigos, entregando recursos para a ciência com um sorriso no rosto e uma consciência rara.
A Fundação Iñaki Nogueroles, que leva o nome do tio que também se foi cedo, fez questão de honrar a memória de Quique com palavras que ainda são pouco para o tamanho da sua alma. Apesar da pouca idade, sua dedicação à vida, generosidade e capacidade de inspirar todos ao seu redor o transformaram em um símbolo de esperança e coragem para todos.
O funeral será neste domingo (15), às 10h30, na Igreja Paroquial de Sant Josep, em Gandia. Às 11h30, uma cerimônia de despedida será realizada no Fomento de AIC. Lá estarão os pais, amigos, voluntários, médicos e também o avô, ex-prefeito de Tanquinho, Jorge Flamarion .
A morte de Quique dói, mas sua história é daquelas que, mesmo triste, levanta a cabeça da gente. Que sacode o mundo e mostra que enquanto houver alguém disposto a lutar como ele lutou, nem tudo está perdido.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307