Tem coisa que já virou quase tradição em Feira de Santana, Mais uma vez, a 3ª Ciretran entra na mira de investigação por suspeitas de irregularidades que, sinceramente, já não causam espanto em quem acompanha o vai-e-vem desse órgão.
No último dia 9 de julho, o Ministério Público instaurou um novo procedimento administrativo, puxado pela 16ª Promotoria de Justiça, para apurar denúncias de práticas no mínimo questionáveis dentro da 3ºCiretran. A apuração vai mirar atividades internas, exames de habilitação, vistorias e outros serviços que, segundo autoescolas e cidadãos, têm cheirado mais a privilégio do que a legalidade.
Reclamações se acumulam, histórias se repetem, e os nomes por trás dos balcões mudam, mas os problemas parecem fazer moradia fixa no prédio. A credibilidade da 3ª Ciretran, foi ladeira abaixo desde 2013, quando três funcionários, incluindo o coordenador de habilitação, morreram de forma trágica após serem apontados como peças de um esquema de corrupção dentro da unidade.
Na época, além das acusações, chamou atenção o súbito crescimento patrimonial de alguns servidores. Gente que, com salários públicos modestos, passou a ostentar carros novos, casas grandes e estilo de vida incompatível com o contracheque. Coincidência ou milagre da multiplicação do real.
De lá para cá, houve operações, exonerações, transferências. Agora, com esse novo procedimento investigativo, o Ministério Público quer saber se o que já era podre ainda continua azedando o serviço público, e se há dedos sujos que merecem ser responsabilizados de forma exemplar.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307
Fonte: Site Bahia na Politica ( Jair Onofre)