PUBLICIDADE

Cultura evangélica: Ausência do secretário municipal de Cultura é notada em sessão solene de 30 anos da Marcha para Jesus

destaque
3 Min leitura

A Câmara Municipal de Feira de Santana ficou lotada na noite desta quarta-feira (11/06), durante uma sessão solene em homenagem aos 30 anos da Marcha para Jesus, evento que já virou tradição no calendário da cidade e que, no próximo dia 9 de agosto, tomará novamente a Avenida Getúlio Vargas com louvores, orações e milhares de fiéis.

A sessão solene, proposta pelo vereador Jorge Oliveira (PRD), reuniu líderes religiosos, organizadores do evento e representantes da comunidade evangélica, que foram homenageados por sua contribuição à realização de uma das maiores manifestações públicas de fé de Feira de Santana. A celebração foi carregada de emoção, reconhecimento e gratidão.

Mas, como diria o velho ditado: “onde tem festa, também tem ausência sentida”. E quem fez falta, foi o secretário municipal de Cultura, Cristiano Lobo. Convidado oficialmente, não apareceu e nem sequer enviou um representante da pasta. A cadeira que deveria ser ocupada por alguém da Cultura permaneceu vazia. O silêncio da secretaria gritou mais alto que os hinos entoados nas igrejas.

A justificativa, segundo apurou a reportagem, é que o secretário preferiu participar de um evento promovido pela Academia de Educação de Feira de Santana que, diga-se, pouco tem a ver com a missão cultural que sua secretaria deveria assumir, sobretudo diante de um evento que está cravado no calendário oficial da cidade e que movimenta milhares de pessoas anualmente.

Um dos organizadores da Marcha, com quem conversamos, resumiu bem o sentimento dos presentes. “Acredito que o secretário desconheça este evento, que é tão importante e reconhecido pela comunidade evangélica e tem um grande impacto na cidade. Lamentável.”

A Marcha para Jesus, embora tenha viés religioso, é também um ato cultural, popular, de grande relevância para a cidade. É música, arte, fé e ocupação do espaço público, tudo o que a Secretaria de Cultura deveria valorizar e, no mínimo, prestigiar. Em Feira de Santana, cultura não se faz apenas com exposições plásticas ou saraus fechados em auditórios climatizados. Cultura também é o povo na rua, louvando, dançando, como fazem os fiéis da Marcha para Jesus há três décadas.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

Fotos: Melck Moreno

TAGGED:
Deixe um comentário