Um descaso e injustiça. Estagiários e prestadores de serviço terceirizados que dedicaram seu tempo e suor à Câmara de Vereadores estão agora jogados ao vento, como se fossem simples peças descartáveis. Muitos deles foram demitidos sumariamente, sem ao menos uma explicação decente, deixando para trás um rastro de frustração e desespero.
A maioria desses trabalhadores, que se dedicaram à árdua tarefa de apoiar a reeleição da atual presidente da Câmara, vereadora Eremita Mota, acreditaram na promessa implícita de continuidade. Trabalharam com afinco nas eleições de 2024, na esperança de que, com o sucesso da campanha, seus esforços seriam recompensados com a permanência nos cargos. Logo após as urnas confirmarem a vitória, veio o golpe inesperado, a demissão.
Estagiários, em sua maioria universitários, que dependem dessa remuneração para financiar seus estudos, agora se veem sem chão. Famílias que contavam com o salário dos prestadores de serviço terceirizados para sobreviver foram lançadas à própria sorte. O sentimento de abandono é evidente. E o mais revoltante é que, desde que o processo de demissão começou, a vereadora Eremita Mota, figura central nesse episódio, simplesmente desapareceu.
Os trabalhadores, em uma tentativa desesperada de obter respostas, tentaram marcar reuniões com a presidente da Câmara. No entanto, desde o início das demissões, Eremita Mota está ausente da Casa da Cidadania. Assessores dizem que não têm informações sobre como encontrá-la ou como dar alguma explicação aos demitidos. Um silêncio estrondoso, que só aumenta o sofrimento daqueles que, agora, estão à deriva.
O que se espera é que alguém, qualquer pessoa com um pingo de consciência, levante-se para trazer uma solução. Porque, até o momento, a Câmara de Vereadores de Feira de Santana, que deveria ser um exemplo de cidadania e respeito, demonstra o contrário, trata como descartáveis aqueles que a serviram. Mais uma vez, pais, mães e estudantes universitários são os que pagam o preço da indiferença e da falta de empatia de seus líderes.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307