Deputado Fortunato: Vereador Silvio Dias compara Paulão do Caldeirão ao político corrupto de “Tropa de Elite”

Política
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Há tempos a Câmara de Vereadores de Feira de Santana deixou de ser um lugar apenas de debates construtivos e projetos em prol da sociedade. O que deveria ser o espaço sagrado para a defesa dos interesses populares muitas vezes se transforma em um verdadeiro espetáculo de baixarias e ofensas, digno de um circo dos horrores.

Na última terça-feira (03/09), testemunhamos mais um desses lamentáveis episódios. O vereador Silvio Dias, em seu tempo de fala na tribuna, decidiu iniciar seu discurso com uma comparação que, à primeira vista, poderia até passar despercebida. Dirigiu-se ao colega Paulão do Caldeirão chamando-o de “Deputado Fortunato”, personagem infame do filme “Tropa de Elite”.

A referência, inicialmente ignorada pela maioria dos presentes, não escapou aos ouvidos atentos do vereador Emerson Minho, que prontamente alertou Paulão sobre o teor da comparação. Para os desavisados, o deputado Fortunato, interpretado com maestria no aclamado longa-metragem, é o exemplo do político corrupto.

Comunicador carismático, mas atolado até o pescoço com milicianos, traficantes e todo tipo de contravenção. A insinuação é clara, ao associar Paulão ao personagem, Silvio Dias sugeriu, com uma sutileza venenosa, que seu colega de câmara praticar as mesmas falcatruas. E aqui está o ponto importante, quem faz uma acusação, mesmo que disfarçada de brincadeira, deve estar preparado para provar o que diz. A responsabilidade da palavra é algo sério, e o ônus da prova recai sobre quem acusa. O que pareceu, à primeira vista, uma simples piada, revela-se, na verdade, uma tentativa sorrateira de manchar a imagem de outro.

Em tempos onde o judiciário e a sociedade cobram cada vez mais responsabilidade e ética dos agentes públicos, comparações desse tipo, ainda que veladas, não podem ser tratadas com leviandade.

Afinal, como bem sabemos, na política, o que é dito entre risos pode ser a faísca de um incêndio devastador. E, ao final, quem brinca com fogo, inevitavelmente, pode acabar queimado.

Por : Fábio Negriny/ DRT 3307

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