Casa de ferreiro, espeto de pau: Câmara de vereadores de Feira de Santana vira uma Anomia

Política
2 Min leitura

“Casa de ferreiro, espeto de pau”. Esse ditado popular nunca fez tanto sentido quanto para descrever a Câmara de Vereadores de Feira de Santana. Um lugar onde leis são criadas, mas que ultimamente se tornou um exemplo vivo de desordem e desrespeito por alguns que foram eleitos para criarem leis, e não descumprirem.

Nesta quarta-feira, (11/12) a sessão foi marcada por um desfile de xingamentos, ofensas, histeria e vitimismo. Num momento de puro, a presidente da Câmara, vereadora Eremita Mota, resolveu apelar para um desafio à moda antiga. Ela afirmou que resolveria suas diferenças com o vereador José Carneiro na base de um duelo, caso o encontrasse sozinho na rua. “Já falei para o vereador José Carneiro que, se ele me encontrar sozinho na rua, eu sou mulher de resolver o problema entre nós dois”, disse ela, deixando claro seu desejo de partir para briga.

E não parou por aí. Em outro momento tenso, Eremita Mota acusou o vereador evangélico Edvaldo Lima de estar “endemoninhado” por votar contra um projeto. “Espera um pouquinho excelência, o diabo não vai incorporar agora não”, disparou Eremita, ao que Edvaldo Lima respondeu: “Está repreendido em nome de Jesus como suas palavras.”

O grande final ficou com a conta do vereador Ron do Povo, que, insatisfeito com o andamento da sessão, subiu na sala dos aparelhos sonoros e simplesmente desligou os microfones de todos os colegas. “Se vocês chamarem a polícia, aguardem que eu corro atrás depois”, ameaçou Ron, transformando a casa das leis em uma verdadeira zona de guerra.

Diante de tais acontecimentos, fica a pergunta, a quem recorrer quando os próprios legisladores parecem desconhecer o significado de ordem e respeito? O que era para ser a Casa da Cidadania está se revelando cada vez mais uma Casa da Anomia.

Por: Fabio Negriny / DRT 3307

TAGGED:
Deixe um comentário