A Queda da ”COMPANHEIRA” : A Diretora que virou alvo e o silêncio ensurdecedor de seus aliados

Política
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Em tempos onde a política se entrelaça com a educação de forma quase inseparável, não é raro que os ventos mudem de direção tão rapidamente quanto uma brisa pode se transformar em tempestade. E é justamente sob esta comparação que podemos entender o furacão que envolveu a ex-diretora do Instituto de Educação Gastão Guimarães, Alfreda Xavier. Conhecida por sua liderança e vínculos políticos robustos com o deputado federal e candidato a prefeito de Feira de Santana, Zé Neto, Alfreda Xavier se viu, de uma hora para outra, afastada de sua posição de destaque na instituição.

Um caso que, à primeira vista, parece simples, mas que esconde camadas de complexidade. Um jovem aluno com espectro autista foi impedido de levar seu próprio lanche para a escola uma necessidade básica, considerando sua seletividade alimentar. O incidente provocou uma grande reação da população que culminou no afastamento da diretora, num movimento que muitos acreditam ser definitivo.

O que intriga, no entanto, não é apenas o afastamento em si, mas o silêncio daqueles que outrora eram seus maiores defensores. Alfreda Xavier, cuja gestão no Instituto de Educação Gastão Guimarães foi marcada por um compromisso evidente com a educação pública de qualidade, agora enfrenta o desamparo de seus antigos aliados políticos, incluindo Zé Neto. Este mesmo deputado, que já foi homenageado como “Amigo da APAE” pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais, parece ter esquecido suas promessas de inclusão e apoio a pessoas com deficiência, adotando uma postura de total silêncio diante do lamentável episódio.

Em tempos de crise, é comum que os verdadeiros laços se revelem. E, neste caso, os “COMPANHEIROS DA LUTA” de Alfreda Xavier mostraram-se distantes, quase como personagens de um roteiro inverso ao do famoso filme “O Resgate do Soldado Ryan”. Ao invés de unir forças para resgatar sua companheira de batalha, preferiram abandoná-la no campo de batalha, isolada e vulnerável. O que se observa é uma clara distinção entre “amigos” e “COMPANHEIROS”, sendo que, na hora da dificuldade, é mais fácil identificar aqueles que realmente estão ao seu lado.

Na política onde alianças podem mudar ao sabor dos ventos, a história de Alfreda Xavier serve como um lembrete contundente de que, muitas vezes, aqueles que parecem ser seus maiores defensores podem se afastar no momento de crise, deixando um rastro de perguntas sobre a verdadeira natureza de ser ‘’ COMPANHEIROS DA LUTA’’.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

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