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Empresa de Feira de Santana que se diz especialista em processos seletivos é alvo da Operação Gabarito

Polícia
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Uma empresa de Feira de Santana, que se apresenta como especialista em assessoria e gestão administrativa, oferecendo de tudo um pouco, desde concursos públicos, seletivos, vestibulares, pesquisas de opinião, até capacitação de pessoal, virou alvo de uma operação policial. A “prestadora de serviços” está agora no centro de um esquema criminoso que teria fraudado concursos públicos.

No último dia 26 de junho, o Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), deflagrou a Operação Gabarito, que teve como foco principal desmantelar essa engrenagem supostamente montada para manipular o acesso a cargos públicos.

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos, quatro em Feira de Santana e três em Alagoinhas. Um dos mandados teve como destino um condomínio de luxo na Avenida Artêmia Pires, no bairro SIM, onde reside um dos donos da tal empresa. E não se trata de um novato, o empresário em questão já teve assento no poder municipal. Ocupou cargos na gestão do ex-prefeito Tarcísio Pimenta (chefe de gabinete da SEPREV) e no governo de Colbert Martins (como encarregado da Subdivisão de Assuntos Comunitários da Administração Regional II, símbolo DA-5).

A operação não ficou restrita à Bahia. As diligências ocorreram simultaneamente também em municípios de Sergipe, com ordens judiciais expedidas pelo Tribunal de Justiça daquele estado. A Polícia Militar da Bahia e de Sergipe atuou lado a lado com o Ministério Público dos dois estados.

A suposta sede da empresa Está registrada na Avenida Governador João Durval Carneiro, nº 1840-A, 3º andar, sala 304-A, Ponto Central. Mas o que deveria ser um centro administrativo se revelou apenas um apartamento dentro de um condomínio no Parque Lagoa Grande, o que levanta a pergunta, como se gerencia concursos públicos de tamanha magnitude de dentro de um apartamento?

Não se trata apenas de investigar um CNPJ. Estamos falando de um crime contra a confiança pública, e, em última instância, contra a esperança de milhares de cidadãos que acreditam na lisura do serviço público.

Em tempos onde o mérito virou moeda rara e a trapaça se traveste de eficiência. Se a Justiça não aplicar o gabarito correto, o crime continuará tirando nota dez na impunidade.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

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