Na manhã desta quarta-feira (27/03), a atmosfera da Sessão da Câmara de Vereadores de Feira de Santana tornou-se intensa e carregada de tensão, especialmente com a presença significativa de funcionários públicos da educação, acompanhados por dirigentes sindicais da APLB (Associação dos Professores Licenciados da Bahia) no município.
Desde o início dos debates, a sessão já se mostrava conturbada. O vereador Jurandy Carvalho, dirigiu críticas à presidente sindical da APLB de Feira de Santana, Marlede Oliveira. Em uma intervenção na tribuna, o vereador classificou a professora Marlede como “fanfarrona do dinheiro público”.
O termo “fanfarrona” denota alguém que se vangloria exageradamente de suas habilidades ou realizações, muitas vezes de maneira arrogante e sem fundamentos.
Jurandy ainda acrescentou que Marlede Oliveira não teria conhecimento prático da realidade das salas de aula, pois estaria frequentemente confinada dentro do sindicato.
Ele declarou seu apoio ao reajuste salarial dos funcionários públicos e professores como um gesto de respeito à categoria, não em deferência à presidente da APLB. Seus comentários foram recebidos com vaias por parte dos professores presentes, que manifestaram seu desagrado com as palavras do vereador.
Em resposta à polêmica, fontes ligadas à APLB indicaram que alguns dirigentes do sindicato planejam solicitar uma retratação do vereador Jurandy Carvalho, argumentando que suas palavras foram ofensivas à professora Marlede Oliveira. No entanto, a questão levanta debate sobre as prerrogativas dos vereadores durante o uso da tribuna e sua relação com o regimento interno da casa legislativa.
A situação reflete a tensão latente entre os representantes políticos e os sindicatos, especialmente no contexto da luta por melhores condições de trabalho e remuneração para os profissionais da educação em Feira de Santana.
Resta agora aguardar os desdobramentos desse conflito e como as partes envolvidas buscarão resolver o impasse.
Por: Fábio Negriny