A polêmica envolvendo as declarações da cantora Ivete Sangalo durante o carnaval de Salvador continua a reverberar, gerando discussões sobre fé, interpretações bíblicas e a relação entre artistas e eventos seculares. Durante sua apresentação ao vivo em cima do trio elétrico, Ivete rebateu comentários da cantora Baby do Brasil, que teria sugerido a iminência do Apocalipse nos próximos anos.
Em sua resposta, Ivete afirmou que não há Apocalipse certo quando se está “macetando o Apocalipse”, fazendo referência à sua música ‘Macetando’, apontada como um dos sucessos do carnaval de 2024. Essa afirmação, embora desconhecida, parece sugerir uma visão de que o poder de Deus é capaz de mudar o curso dos acontecimentos apocalípticos.
A questão se intensifica pelo fato de Baby do Brasil ter ligações com o universo evangélico, embora continuem a se envolver com eventos secularizados como o carnaval. A crítica de Baby do Brasil à aproximação do Apocalipse e seu apelo para que as pessoas busquem o Senhor enquanto é possível encontrar pode ser interpretada como uma advertência espiritual.
No entanto, a resposta de Ivete Sangalo, que parece mesclar elementos de fé com seu repertório musical, gera confusão e questionamentos sobre a coerência de suas crenças. Ao afirmar que Deus estaria mandando “macetar certo” e que o “macetando de Jesus” impediria o Apocalipse, ela parece criar uma narrativa própria, utilizando símbolos religiosos para justificar sua performance no carnaval.
A referência ao livro de João, capítulo 2, e a citação sobre aqueles que dizem conhecer a Deus, mas não guardam seus mandamentos, adiciona um elemento adicional à discussão, sugerindo que a fidelidade aos ensinamentos divinos é essencial, mesmo em meio a celebrações seculares como o carnaval.
Em última análise, as declarações de Ivete Sangalo e a controvérsia que elas geraram destacam a complexa interseção entre fé, música e cultura popular, provocando reflexões sobre a interpretação das Escrituras e o papel dos artistas no contexto religioso e social.