No dia 5 de dezembro de 2022, o Hospital Estadual da Criança (HEC) em Feira de Santana foi palco de mais uma tragédia. Um recém-nascido, filho do pedreiro Rubens Machado de Santana, veio a óbito após uma cirurgia onde seu pulmão foi perfurado. O pai, em entrevista ao Site Acorda Cidade, expressou sua indignação, afirmando que a filha, encaminhada ao HEC com uma anomalia anal após nascer no Hospital da Mulher, não teria falecido se não fosse o erro durante a intervenção cirúrgica.
De acordo com o relato do pai, o médico admitiu ter perfurado o pulmão da criança, sendo necessário o uso de tubos para fornecer oxigênio e a colocação de um dreno pulmonar. Apesar de nove dias de internação, a criança não resistiu. Este incidente se soma a outros casos, como o de Brayam Bastos, cujo atendimento foi recusado devido à sua temperatura estar abaixo do protocolo de 39 graus, resultando em sua morte. A direção do HEC se mantém em silêncio, amparada na privacidade médica e respaldada pela Lei de Acesso à Informação.
Na manhã deste sábado (03/02), familiares e amigos de Brayam realizaram um protesto em frente ao HEC, denunciando a recusa de atendimento a crianças com febre abaixo do exigido pelo protocolo. Outras mães, também vítimas dessa política restritiva, se uniram ao ato, exigindo respostas do responsável pelas decisões do hospital. A comunidade clama por mudanças e transparência nas práticas médicas, questionando a eficácia de protocolos que, apesar de seguir normas, resultam em tragédias evitáveis. O silêncio institucional e a resistência em prestar esclarecimentos geram crescente insatisfação e demandam ações imediatas para garantir a segurança e o direito à saúde das crianças atendidas pelo HEC.