A política baiana, como se sabe, é fértil em reviravoltas. Mas há episódios que desafiam até a lógica mais flexível da conveniência. O Podemos, sob o comando da família Santana, é daquelas que merecem reflexão, e, por que não, um alerta.

Durante uma reunião com lideranças estaduais e nacionais da sigla, o Podemos na Bahia fez questão de reafirmar sua aliança com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). A cerimônia contou com presenças ilustres, a presidente nacional do partido, Renata Abreu, o vice-presidente Pastor Everaldo, o deputado federal Raimundo Costa, o estadual Bacelar (PV) e, claro, o patriarca Eliel Santana, figura conhecida dos bastidores e pai do atual presidente estadual, Heber Santana.
Nada demais até aqui, não fosse por um detalhe que escapa aos desatentos. Heber Santana, outrora, era figurinha carimbada ao lado de ACM Neto, ocupando cargo de secretário municipal e defendendo com fervor o ex-presidente Jair Bolsonaro. A guinada, no entanto, foi tão brusca quanto simbólica. Bastou o vice-governador Geraldo Júnior abrir uma fresta, e lá estava a família Santana atravessando a porta com pressa e devoção.
O Podemos da Familia Santana, que até outro dia fazia oposição, agora canta lindo hinos angelicais ao governo de Jerônimo rodrigues. Seria essa uma oportunidade de construção coletiva ou mero oportunismo travestido de coerência? A Oportunidade, como bem se sabe, é o momento certo para fazer algo de bom. Já o oportunismo é a habilidade de torcer esse momento a favor de si, mesmo que às custas da coerência e da confiança do eleitorado. A diferença entre um e outro mora justamente no caráter de quem os abraça.
O Podemos da Familia Santana, que até outro dia fazia oposição, agora canta lindo hinos angelicais ao governo de Jerônimo rodrigues. Seria essa uma oportunidade de construção coletiva ou mero oportunismo travestido de coerência? A Oportunidade, como bem se sabe, é o momento certo para fazer algo de bom. Já o oportunismo é a habilidade de torcer esse momento a favor de si, mesmo que às custas da coerência e da confiança do eleitorado. A diferença entre um e outro mora justamente no caráter de quem os abraça.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307