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Política hereditária : Esposa de deputado federal poderá ser a nova procuradora do TCM-BA

Política
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Dep.fed.Mário Negromonte Jr. / Gov. Jerônimo Rodrigues

Na Bahia, o poder não se conquista. Ele se herda. Troca-se o trono, mas não se troca a família. E se você achava que isso era coisa de rei e rainha, é porque ainda não entendeu na política baiana.

Segundo informações do Política Livre, o deputado federal Mário Negromonte Jr. (PP) não está nem tentando disfarçar, quer ver sua esposa, Camila Vasques, nomeada procuradora do Ministério Público de Contas da Bahia, assumindo uma cadeira no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA). Uma vaguinha que, veja só que conveniente, pode ser justamente a deixada por o seu próprio pai, o conselheiro Mário Negromonte, que pendura as chuteiras no próximo 6 de julho ao completar 75 anos idade limite para o cargo.

É a monarquia disfarçada de democracia. Não tem coroa, mas tem conchavo. Não tem trono, mas tem cadeira vitalícia. E se antes a linha sucessória ia de pai para filho, agora já pulou pro casamento, marido pra esposa, sogro pra nora, cunhado pra cunhada. É Game of Thrones no sertão, só que sem dragão, sem honra e com muito Diário Oficial.

Na teoria, a Constituição do Paraguai durante a Guerra ainda se dizia república, mas era hereditária. A da Inglaterra é monarquia, mas há freios, pesos e contrapesos. Aqui na Bahia é só a balança, pende sempre pro lado de quem já tá dentro. A única eleição que importa, parece, é a do jantar de família em que se decide quem vai ser o próximo a “servir ao povo”.

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) é ele quem tem a caneta para nomear o novo ou a nova conselheira. Se ceder à pressão familiar, assina embaixo o atestado de que na Bahia, o povo até vota, mas quem manda mesmo é o sobrenome.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

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