Tarcísio coloca presidente do Republicanos contra a parede

Governador Tarcísio de Freitas soltou o verbo publicamente e seguiu a pressão internamente

Política
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O governador Tarcísio de Freitas, representante do estado de São Paulo, voltou a se manifestar de maneira firme quanto à posição do partido Republicanos em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Freitas, que já havia expressado seu desejo de que o Republicanos não integre a base governista, reforçou sua posição nesta semana e direcionou pressões ao líder do partido, Marcos Pereira, para que este mantenha a sigla na oposição ao Palácio do Planalto.

Desde o mês de maio, o governador Tarcísio de Freitas tem se mantido atento ao posicionamento do Republicanos, deixando claro que não vê com bons olhos a possibilidade de o partido compor a base do governo Lula. Na atual conjuntura política, o governador ressaltou publicamente seu descontentamento com essa eventual aliança e, recentemente, ampliou sua pressão sobre Marcos Pereira para que o partido se mantenha alinhado à oposição.

Marcos Pereira, por sua vez, tem reafirmado, desde o início do ano, a independência do Republicanos em relação à gestão petista. Ele tem enfatizado que a sigla permanecerá fiel aos seus princípios e ideais, votando a favor de pautas que estejam em consonância com os interesses do partido, mesmo que isso signifique a nomeação de algum filiado como ministro.

Na semana passada, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que o deputado Silvio Costa Filho, membro do Republicanos, assumirá um posto ministerial. Essa movimentação tem gerado expectativas no governo Lula, que planeja angariar o apoio de 350 deputados com a chegada de Costa Filho, além de contar com o suporte de André Fufuca, do PP.

Tarcísio não esconde sua discordância com a possível entrada de Silvio Costa Filho no governo. Em seu esforço para manter o Republicanos na oposição, Tarcísio fez um apelo interno a Marcos Pereira para que oficialize o partido como uma força contrária à gestão Lula. Para Freitas, é fundamental que o partido não se divida entre interesses opostos, pois, segundo suas palavras, não é viável “servir a dois deuses”.

Caso o Republicanos mantenha uma posição neutra e mantenha um ministro no governo, Tarcísio de Freitas não descarta a possibilidade de buscar uma mudança partidária no início do próximo ano. O governador, inclusive, já foi sondado para ingressar no PL, partido liderado por Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro.

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