A política em Feira de Santana ganhou um novo capítulo de autocrítica. Durante o anúncio dos investimentos da BYD em Camaçari, na última segunda-feira (02/12), o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ângelo Almeida, aproveitou para comentar os rumos políticos na cidade onde nasceu.
Entre um dado e outro sobre carros elétricos, o feirense apontou o que, na sua visão, foi o grande erro que levou Zé Neto (PT) a mais uma derrota para José Ronaldo (UB), a escolha do vice-prefeito, Sandro Nazireu.“O PT não conversou com a Igreja Católica, nem com a classe média. Faltou diálogo com esses segmentos”, disse Ângelo, deixando claro que a escolha do evangélico Sandro Nazireu não foi suficiente para atrair outros públicos importantes na disputa.
A fala reflete uma crítica recorrente na política feita pelo deputado Zé Neto, a dificuldade em equilibrar alianças para alcançar eleitores de diferentes perfis. Ângelo Almeida também olhou para o futuro, admitindo que o PSB precisa se organizar para lançar uma candidatura própria em 2028. Segundo ele, a ausência de vereadores socialistas na Câmara Municipal é algo a ser superado, mas isso faz parte do jogo político. “Vida que segue”, resumiu ele, sem esconder que o caminho será desafiador.
Enquanto isso, José Ronaldo segue como um nome quase imbatível na cidade, mostrando que, em Feira de Santana, ganhar uma eleição exige bem mais que boas intenções, é preciso estratégia e um diálogo com toda sociedade. Resta saber se a lição foi aprendida para os próximos embates.
Por : Fábio Negriny/ DRT 3307
Fonte: Bahia na política/ Jair Onofre