De obra promissora a escândalo: O mistério da reforma paralisada do anexo da Câmara de vereadores de Feira de Santana

Política
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O que antes era um “castelo encantado” da modernização prometida para o prédio anexo da Câmara Municipal de Feira de Santana, agora mais se parece com uma casa mal-assombrada de pesadelos e incertezas. A reforma do prédio, tão elogiada pelos vereadores como símbolo da gestão eficiente da presidente do legislativo, Eremita Mota, agora se transforma em motivo de conversas desconfortáveis pelos corredores da política feirense.

Há tempos, a necessidade de uma reforma naquele espaço era evidente. O prédio anexo, onde funcionam os gabinetes dos vereadores e onde a população é recebida, já havia dado sinais de abandono. Nos bastidores, falava-se até da possibilidade de interdição, tamanha a precariedade das condições de trabalho e atendimento ao público. Mas o que era uma expectativa de renovação virou um pesadelo que, segundo informações obtidas, está longe de ter fim.

Recentemente, chegou à nossa redação a informação de que a empresa responsável pela execução das obras, simplesmente abandonou o serviço. O motivo? Falta de pagamento. Uma obra que, inicialmente, foi orçada em cerca de R$ 6 milhões, já sofreu um aditivo de mais de R$ 2,4 milhões, um aumento justificado, à época, pela presidente Eremita como essencial para um projeto de grande porte, cujas especificações incluíam a reestruturação dos sistemas elétrico, hidráulico, refrigeração e o conserto do elevador, que há anos impede o acesso de idosos e pessoas com mobilidade reduzida aos gabinetes.

Porém, o que se vê hoje é uma obra parada,  e uma pergunta que não quer calar, onde está o dinheiro? A promessa de uma Câmara moderna e acessível foi engolida pelo abismo do descaso, e o sonho de uma gestão eficiente, propagada nos discursos, parece estar se desfazendo em frustrações.

Segundo fontes ligadas ao legislativo, uma comissão de vereadores já articula provocar o Ministério Público para apurar as causas reais da paralisação e, principalmente, investigar o destino dos milhões já investidos. Afinal, com aditivos que ultrapassam os R$ 2 milhões, a população quer e merece saber a verdade: “Cadê o dinheiro que estava aqui? ”

A expectativa de ver um prédio anexo reformado, funcional e moderno foi substituída por uma grande desilusão. O elevador continua parado, as paredes ainda esperando reforma, e a promessa de acessibilidade e conforto ficou apenas no papel. Agora, resta à população aguardar as respostas de quem, antes, tanto prometeu, pelo andar da carruagem reforma só no próximo ano de 2025, com novo presidente.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

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