Mais uma vez, a velha tática de tentar subestimar a inteligência do eleitorado se provou um tiro pela culatra. Desta vez, o protagonista da história foi o candidato a prefeito de Feira de Santana, Zé Neto, da coligação “Pra Fazer Acontecer”, que viu sua estratégia eleitoral ser cortada pela raiz pela Justiça Eleitoral. Na última terça-feira (10/09), A Justiça Eleitoral, que “não dorme de toca e nem faz careta pra cego”, entrou em ação e determinou, a suspensão imediata da propaganda. A decisão foi assinada pelo juiz Roque Rui Barbosa de Araújo, da 155ª Zona Eleitoral, participando de uma ação movida pela coligação adversária, “O Amor Sempre Vence”, vencida pelo ex-prefeito José Ronaldo (União Brasil). O magistrado não hesitou em considerar a má-fé da divulgação.
A peça publicitária questionada exibia dados de uma pesquisa encomendada pelo próprio grupo político de Zé Neto, realizada entre 4 e 9 de julho, mas sem mencionar o tempo decorrido, criando a ilusão de que era uma pesquisa fresca, acabada de sair do forno. A artimanha não passou despercebida pela coligação adversária, que facilmente denunciou o engodo. O juiz, embora não tenha classificado os dados como falsos, destacou que a apresentação era descontextualizada, o que facilmente poderia confundir os participantes.
“O vídeo veiculado informações descontextualizadas de uma pesquisa realizada há mais de dois meses, o que pode levar o eleitor a acreditar que se trata de um levantamento recente”, ponderou o juiz Roque Rui Barbosa de Araújo. Com base nisso, além de ordenar a suspensão da propaganda, o magistrado concedeu uma tutela de urgência para impedir que o material continue a circular nos meios de comunicação eleitoral.
É uma lição clara, subestimar a inteligência do eleitorado feirense não dá certo. Os tempos mudaram, e a velha prática de tentar manipular informações para enganar participantes de “pouco conhecimento” já não encontrou terreno útil. A politicagem rasteira e mesquinha, que tenta se importar através de truques sujos e desleais, não tem mais espaço em uma sociedade que busca transparência e seriedade. Zé Neto, ao tentar ludibriar o povo, “caiu do cavalo”, e a justiça foi rápida em restabelecer a ordem. Agora, fica a pergunta,quem será o próximo a tropeçar na própria astúcia?
Por: Fábio Negriny / DRT 3307