Em tempos de campanha eleitoral, o que mais se espera dos candidatos são propostas, debates acalorados e, claro, algumas alfinetadas entre adversários. Mas parece que, na disputa em Serrinha, a batalha ultrapassou as urnas e invadiu a intimidade. A candidata a vereadora pelo PT, Alissandra Matos, viu sua privacidade escancarada na internet, com vídeos e fotos que, segundo tudo indica, foram registrados por ela mesma durante momentos de intimidade.
Enquanto a cidade ainda digeria o café da manhã, o escândalo já circulava em grupos de WhatsApp e redes sociais, deixando os eleitores divididos entre a indignação e a inevitável curiosidade de plantão. Afinal, em época de campanha, parece que a curiosidade vai muito além do plano de governo.
Alissandra Matos, sem perder tempo, usou o Instagram para expressar sua revolta. Classificou o ocorrido como “violência política” e fez questão de reforçar que não deixará barato. “Eu sofri um tipo de violência pela condição de ser mulher e infelizmente não serei a última a enfrentar as consequências de tentarem manchar a minha honra, nome e imagem […] Aos que estão tentando se esconder por trás da internet, espalhando mentiras e destilando ódio, informo que confio na justiça e lutarei até o final para que todos sejam responsabilizados criminalmente”, disse ela em sua nota.
A candidata, que não pretende recuar um milímetro na campanha, prometeu que os responsáveis pelo vazamento serão identificados e punidos com todo o rigor da lei. E se o criminoso for pego, pode preparar a algema, pois a Lei Carolina Dieckmann, que prevê até um ano de detenção, será aplicada com gosto.
E como se não bastasse, Alissandra Matos ainda deu o recado: “Minha intimidade, honra e imagem, e as de qualquer outra pessoa, não devem ser expostas a mentiras, ou qualquer tipo de exposição. Seguirei firme, de cabeça erguida, trabalhando com o que há anos me proponho a fazer cuidar de gente.”
Na prática, o caso de Alissandra Matos vai além das fofocas de esquina. Ele coloca em pauta a velha questão, até onde a vida pessoal de um candidato pode ser usada como arma na política? Resta saber se o eleitor de Serrinha está mais interessado em propostas para o município ou se vai continuar acompanhando o reality show que a campanha se tornou.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307