O Ditador das mídias publicitárias: A pressão silenciosa na imprensa de Feira de Santana

Política
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Feira de Santana, antes conhecida por sua forte diferença de opiniões e liberdade de expressão, agora se encontra sob a tenebrosa ameaça de uma nova forma de ditadura. Mas não é uma ditadura militar, nem mesmo uma política tradicional. É a ditadura das mídias publicitárias, onde alguns membros da imprensa são forçados a se ajoelhar perante o altar de um candidato a prefeito, sob a ameaça de perderem o sustento e os valores em uma situação já saturado de vozes silenciadas.

A ditadura, como muitos de nós aprendemos, é um regime onde o poder está concentrado nas mãos de poucos, onde a voz do povo é eliminada e a liberdade é um sonho distante. Em Feira de Santana, esse conceito ganhou um novo e preocupante significado. Não são apenas as liberdades civis que estão em jogo, mas a própria essência da liberdade de imprensa, tão fundamental para a manutenção de uma sociedade justa e transparente.

Imagine, se puder, uma agência de publicidade, aquela que deveria ser apenas um veículo para promover produtos e serviços, se transformando em uma máquina de opressão política. Essa agência, sob o comando de figuras políticas inescrupulosas, dita as regras para jornalistas, radialistas, blogueiros e proprietários de sites. “Se quiser mídia do estado, terá que apoiar o candidato fulano de tal.” É essa a proposta indecente que repercute nos bastidores, sufocando qualquer sinal de independência.

E o que aconteceria com o profissional de imprensa que recebeu essa chantagem,a aceitasse ? Tornaria-se mero fantoche, amigo do rei Nabucodonosor, pronto a se curvar diante de qualquer estátua que lhes fosse erguida. Seria igual aos que trocam sua dignidade por algumas dracmas de prata, enquanto seus senhores, aqueles que comandam as agências de publicidade, desfrutam de espumantes e canapés em algum paraíso distante.

Mas há também os que resistem. Aqueles que, apesar da pressão, se recusam a se submeter a esse jogo sujo. Esses profissionais enfrentam o desafio de serem lançados na masmorra, ou pior, de serem jogados nas covas dos leões, numa alusão clara ao que acontece quando se desafia o poder.

O que está em jogo aqui não é apenas uma eleição ou a disputa por um cargo público. É a própria alma de Feira de Santana. A liberdade de imprensa, fundamental para promover mudanças políticas e sociais, está sendo ameaçada por aqueles que deveriam ser seus defensores. E enquanto alguns se conformam com o vinho Padre Cícero e um petisco de mortadela, outros se levantam, sabendo que a luta pela verdade e pela justiça nunca é fácil, mas sempre necessária.

Essa nova ditadura, sorrateira e covarde, precisa ser exposta e combatida. Feira de Santana não pode, e não deve, se curvar diante daqueles que desejam transformar a imprensa em uma mera ferramenta de propaganda pessoal. A liberdade não tem preço, e aqueles que a defendem merecem nosso respeito e apoio. Que a luz da verdade brilhe sobre as sombras da opressão, e que Feira de Santana possa, mais uma vez, se orgulhar de sua imprensa livre e independente.

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

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