A Bela Carruagem Que se Tornou em Abóbora Estragada: A Fábula do Centro de Cultura Amélio Amorim

Política
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As histórias que lemos em livros infantis e assistimos nos clássicos filmes da Disney nos ensinam que até mesmo uma simples abóbora pode se transformar em uma carruagem majestosa com a magia de uma fada madrinha. Porém, ao badalar da meia-noite, a realidade volta a se impor, e a bela carruagem retorna à sua forma original.

Em Feira de Santana, um conto semelhante se desenrola, mas com um desfecho muito menos encantador e sem a presença de uma fada madrinha, mas sim de padrinhos políticos que parecem ter perdido a verdadeira magia do compromisso.

A famosa “abóbora” de Feira de Santana, representada pelo Centro de Cultura Amélio Amorim, já foi palco de grandes promessas e intenções de reformas que, após mais de uma década, nunca se concretizaram.

Em 2011, o deputado Zé Neto, acompanhado pelo Secretário Estadual de Cultura da época, Albino Rubim, visitou o centro para anunciar o que seria uma ampla reforma. Na ocasião, foi anunciado um investimento inicial de R$ 600 mil, com a possibilidade de suplementações que poderiam elevar o montante a R$ 900 mil.

Naquela época, as promessas eram grandes. O antigo Restaurante Carro de Boi teria seu telhado recuperado, e o piso também passaria por melhorias. Um plano executivo de recuperação total estava sendo elaborado, e o compromisso era claro, devolver o brilho àquela que já foi uma importante ambiente cultural para Feira de Santana.

No entanto, a realidade foi diferente. Passados 13 anos, o famoso Jerimum ou abóbora do Centro de Cultura Amélio Amorim, continua em ruínas, sem que nenhuma das reformas prometidas tenha sido realizada.

Em 2022, mais uma vez, Zé Neto, desta vez acompanhado pelos vereadores Silvio Dias e Professor Ivamberg, ambos do PT, voltou ao local para renovar a promessa de uma ampla reforma. Mais uma vez, o discurso era de que o projeto estava em andamento e que o mandato estava à disposição para acompanhar e destinar emendas.

Mas o que vemos hoje é apenas a sombra do que foi prometido. A outrora bela carruagem não se tornou uma abóbora comum, mas um “jerimum” estragado e sem utilidade, abandonado pelos mesmos padrinhos que juraram revitalizá-la. Ao invés de ações concretas, restaram apenas destroços que ainda servem de pauta para discursos e matérias de autopromoção, preparando o terreno para as próximas eleições, onde a “abóbora” provavelmente voltará a ser objeto de novas promessas.

A história do Centro de Cultura Amélio Amorim é um triste reflexo da falta de comprometimento e do desprezo que muitas vezes marcam a política de Feira de Santana.

Resta à população de Feira de Santana a esperança de que, um dia, a magia do verdadeiro compromisso possa transformar, finalmente, o “jerimum” em algo digno da sua história e importância cultural. Até lá, a reforma da famosa abóbora continua a ser mais um exemplo das muitas promessas não cumpridas que povoam o campo político do paraíso com nome de Feira .

Por: Fábio Negriny / DRT 3307

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