Nos últimos meses, temos observado um movimento interessante na política, onde veteranos políticos têm voltado sua atenção para um grupo que anteriormente era considerado insignificante, a comunidade evangélica. Este grupo, outrora visto como apenas uma massa de manobra de líderes religiosos, agora se tornou o principal alvo de alguns candidatos.
Em Feira de Santana, eventos destinados à comunidade evangélica se tornaram comuns. Toda semana, convites para reuniões com essa comunidade são vistos, destacando a importância desse grupo na política da cidade. No último final de semana (29/06), o pré-candidato a prefeito Zé Neto se reuniu com representantes da comunidade evangélica. Ele afirmou que o objetivo é fazer o futuro acontecer na cidade. “É isso que nos une, a vontade de oferecer o melhor para Feira e para nossa gente. Sigo muito agradecido pela participação de cada pessoa que veio conhecer de perto o nosso movimento, e com a certeza de que, por meio dele, continuaremos fazendo o bem e ouvindo nossa cidade. Vamos em frente, com o coração cheio de fé e Deus no comando sempre”, disse o pré-candidato.
O que chama a atenção é a mudança de atitude de algumas pessoas que antes acreditavam que os evangélicos não deveriam se envolver na política. Agora, a “Comunidade Evangélica” é vista como um alvo a ser conquistado para alcançar objetivos pessoais. Durante as eleições, os evangélicos são tratados como uma massa de manobra, sendo alvo de promessas em discursos dos candidatos.
A sociedade como um todo não deve se ausentar das discussões políticas, pois, ao tentar transformar o lugar onde vive, os cristãos não deixam de ser cristãos. O momento político atual é turbulento, e é preciso refletir mais politicamente sobre determinados assuntos. Acreditar na política, mas ao mesmo tempo desconfiar de alguns políticos, é essencial. A desconfiança é válida principalmente em relação àqueles que nunca se envolveram com pautas cristãs e, durante as eleições, aparecem como líderes com promessas grandiosas.
Essa reflexão é importante para que a comunidade evangélica e a sociedade em geral possam participar de maneira mais consciente e crítica do processo político, buscando sempre a transformação positiva da cidade em que vivem.
Por: Fábio Negriny / DRT 3307