Centro de Cultura Amélio Amorim em ruínas após 13 anos de Promessas

Política
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Deputado Zé Neto e equipe da secretaria de cultura no ano de 2011.

Após exatos 13 anos desde as promessas proclamadas com entusiasmo, o Centro de Cultura Amélio Amorim em Feira de Santana permanece em estado deplorável, testemunhando o descaso e a negligência das autoridades responsáveis. O que deveria ter sido uma renovação promissora para o local de grande importância para a cidade, transformou-se em um triste testemunho da ineficiência administrativa e da falta de compromisso com o patrimônio cultural.

Em 2011, o então Secretário Estadual de Cultura, Sr. Albino Rubim, acompanhado pelo Deputado Estadual Zé Neto (Na época), visitou o Centro de Cultura Amélio Amorim, anunciando uma tão aguardada reforma. As promessas eram grandiosas: a transformação do local em um centro multiuso, com intervenções no emblemático Carro de Boi e na famosa abóbora, que seria convertida em uma sala de exposição. Na mesma ocasião, o Deputado Zé Neto comprometeu-se com duas intervenções adicionais, incluindo a mudança das cadeiras e a recuperação do palco, além de um ambicioso projeto que ele afirmou transformaria o local em um centro de referência para o sertão baiano.

Entretanto, passaram-se os anos, e as promessas se dissiparam como poeira ao vento. O valor inicial da obra, estimado em 600 mil reais, já era conhecido, com a possibilidade de suplementações que poderiam elevar o custo para até 900 mil reais. Porém, mesmo diante de recursos disponíveis, a iniciativa foi relegada ao esquecimento, e o Centro de Cultura Amélio Amorim mergulhou em um estado de desolação.

Hoje, o que resta são ruínas silenciosas, testemunhas de um passado glorioso que foi abandonado à sua sorte. Profissionais de engenharia já consideram a situação irreversível, com estruturas corroídas pela ferrugem e madeiras apodrecidas, transformando um patrimônio de valor incalculável em destroços lamentáveis.

É importante ressaltar que a responsabilidade pelo Centro de Cultura Amélio Amorim recai sobre a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. A gestão pública, que deveria ser a guardiã do patrimônio cultural, falhou em cumprir seu dever, deixando um vazio onde deveria haver preservação e desenvolvimento.

Enquanto isso, a população de Feira de Santana é privada de um espaço que já foi palco de eventos icônicos, como a famosa Boate Jerimum e o restaurante Carro de Boi, ambos imbuídos de significância histórica e cultural para a cidade.

Diante dessa situação deplorável, é urgente que as autoridades responsáveis ajam com determinação e comprometimento para reverter essa tragédia. O Centro de Cultura Amélio Amorim não pode ser abandonado à sua sorte, pois seu resgate não é apenas uma questão de infraestrutura, mas também um compromisso com a preservação da identidade e da memória de Feira de Santana.

Por: Fábio Negriny

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