Uma nomeação no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) trouxe destaque para os corredores do poder estadual. João Velloso, ex-delegado da Polícia Civil e sogro do atual governador Jerônimo Rodrigues, foi designado para assumir o cargo de assessoria na presidência do TCM, sucedendo Altamirando Rodrigues, também um ex-delegado aposentado da Polícia Civil baiana.
A nomeação de João Velloso, que ocorreu em abril de 2023, despertou atenção não apenas pela sua trajetória profissional, mas também por sua ligação familiar com a política do estado . Pai da primeira-dama Tatiana Velloso, sua ascensão ao cargo de assessor da presidência do TCM foi formalizada através da publicação no Diário Oficial Eletrônico do tribunal em 29 de abril do ano passado. Coincidentemente, essa mesma edição trouxe a exoneração de João Velloso de seu cargo anterior como diretor-adjunto da escola de contas do tribunal.
A nomeação gerou debates e questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse, especialmente considerando o contexto político em que ocorreu. No entanto, o Tribunal de Contas dos Municípios afirmou que não houve irregularidades ou violações às normas estabelecidas.
É importante ressaltar que essa não é a primeira vez que o TCM se encontra no centro das atenções políticas. O ex-governador da Bahia, Rui Costa, atualmente ministro da Casa Civil, foi associado à eleição de sua esposa, Aline Peixoto, para uma vaga de conselheira no tribunal. A eleição de Peixoto ocorreu em março do ano passado, evidenciando a complexa intersecção entre política e instituições de controle financeiro no estado.
Diante desses acontecimentos, a nomeação de João Velloso para a assessoria da presidência do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia permanece como um ponto de discussão sobre transparência, ética e governança no âmbito do controle das contas públicas municipais.
Por: Fábio Negriny